Marisa Monte evidencia por meio da música “Maria de verdade” a poesia de ser Maria e faz um elogio à mulher brasileira, a Maria que representa a riqueza da alma feminina.
Ter mulheres reais como inspiração é a essência que o mundo precisa. Elas são fundamentais, impulsionam sonhos e objetivos de outras mulheres!
O telefone toca, do outro lado ecoa uma história de dedicação, trabalho, superação, resiliência e fé.
A nossa “Maria de Verdade” aceitou o convite para uma entrevista. Ela é Maria Antônia Romualdo de Araújo, defensora pública aposentada e mulher forte, exemplo de otimismo e superação.
Embora não tenha enfrentado desafios na vida profissional na condição de mulher, como ela afirma, nesse caso, condição rara, a qual estatisticamente é mínima e corresponde a uma pequena fatia das mulheres profissionais; na vida pessoal, a realidade foi desafiadora.
Em 2011, aos 54 anos, a então Defensora Corregedora precisou antecipar sua aposentadoria, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A partir daí, iniciava a longa jornada de desafios. Mas ela não estava só. Depois de anos fazendo parte de uma rede de apoio se dedicando a causa das pessoas vulnerabilizadas, agora, era a vez dela contar com outra rede, familiar e de amigos, suporte fundamental no processo de reabilitação e adaptação à nova condição física.
Maria Antônia saiu da Defensoria, mas a Defensoria não saiu dela. Para se sentir ativa ao longo desses 12 anos de aposentadoria, ela permanece associada à ADPERN, uma das formas que encontrou de acompanhar a expansão da sua antiga casa, Defensoria Pública do Rio Grande do Norte – DPERN, que hoje acumula avanços, com abertura de novos núcleos e a posse de novos membros, ampliando cada vez mais os seus quadros. Confira a entrevista!
Por que você escolheu a carreira de defensora pública? Quais foram os principais desafios enfrentados como mulher no início da carreira?
Eu trabalhava há alguns anos como advogada no setor jurídico do extinto BANORTE e mantinha escritório jurídico em sociedade com uma colega de faculdade. Pelo escritório, pegava assistência jurídica encaminhada pela OAB. Um belo dia, lendo o Diário Oficial, vi o edital de concurso para Defensor Público pela Procuradoria de Assistência Judiciária. Como eu preenchia todos os requisitos exigidos, vi uma oportunidade de usar a minha profissão para ajudar pessoas.
Como você espera hoje continuar contribuindo com a luta pela defesa de outras mulheres em outros espaços?
Incentivando que elas procurem se inserir em todas as áreas da sociedade, estudando, se qualificando para passar em concursos ou seleção de emprego na área privada.
Por fim, Maria Antônia deixa um conselho para todas as mulheres que estão no início das suas carreiras ou profissões:
“Estudem, tenham foco, dedicação e deem o melhor de si!”
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